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Marco regulatório das criptomoedas: rumo à transparência e segurança nas operações brasileiras

As criptomoedas – nosso dinheiro virtual de cada dia – já passaram pela fase da desconfiança do mercado e estão ganhando cada vez mais espaço em um mundo extremamente conectado

Autor: Pedro AlexandreFonte: 0 autor

As criptomoedas – nosso dinheiro virtual de cada dia – já passaram pela fase da desconfiança do mercado e estão ganhando cada vez mais espaço em um mundo extremamente conectado. Não à toa, consagram-se como importantes ferramentas nos negócios e agora estão prestes a ganhar diretrizes para suas transações voarem ainda mais de vento em popa. Só que, dessa vez, com mais disciplina e segurança em terras brasileiras.

É que o projeto de lei (4.401/2021) que trata do marco regulatório dos criptoativos no Brasil já foi aprovado pelo Senado Federal e aguarda análise da Câmara dos Deputados para começar a valer. A proposta traz direcionamentos para a prestação de serviços de ativos virtuais e regulamenta o funcionamento das empresas prestadoras desses serviços. Uma notícia muito boa para o mercado, os consumidores e os investidores, que passarão a contar com regras mais claras em torno das movimentações.

Para se ter uma ideia do poder desse novo ambiente de negócios, dados consolidados pelo Banco Central, em dezembro do ano passado, apontam que o mercado de criptoativos movimentou cerca de R$ 300 bilhões no Brasil por meio de exchanges de criptomoedas centralizadas (plataformas de compra e venda de criptoativos).

O montante é equivalente ao valor movimentado por produtos de investimento de renda variável (ações, fundos, BDRs e ETFs) negociados na B3, que totalizaram cerca de R$ 600 bilhões no mesmo período, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), reunidos pelo BC.

Ainda sobre o potencial que o mercado promete, o subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, Jonathan de Oliveira, disse, em audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, que o total de declarantes de criptoativos cresceu mais de seis vezes entre dezembro de 2019 e abril de 2020, passando de 94 mil para 617 mil pessoas físicas.

Dados que evidenciam o crescimento dos criptoativos não faltam. Por isso, acredito que a regulamentação trará mais ordem para as operações. Além disso, penso que todas as propostas do referido PL que estão em análise na Câmara dos Deputados podem de antemão parecer desfavoráveis para empresas e organizações brasileiras, mas, se analisarmos bem, aceleram as adequações tanto das organizações estrangeiras quanto das nacionais.

É preciso ter incentivo em todas as esferas que envolvem essa nova economia. Tudo ainda é muito novo, portanto, espero que, aos poucos, governos e iniciativas privadas amadureçam as melhores formas de ajustar o projeto de lei, seguindo a premissa de fornecer mais condições para as operações acontecerem.

Fato é que a regulamentação separa o joio do trigo, dando transparência para o mercado e condições para a entrada de instituições tradicionais. Ainda que todas as normas por si só não impeçam atividades ilegais, certamente podem dificultar fraudes, lavagem de dinheiro e ainda desencorajar a continuidade de inúmeros golpes que hoje só são praticados por falta de leis para combatê-los.

*Pedro Alexandre é CEO da Wiboo, plataforma que oferece um ecossistema de soluções usando Web 3.0, blockchain e metaverso .

Sobre a Wiboo Company

Criada inicialmente como um social commerce focado em programas de fidelidade, a startup Wiboo é uma plataforma de engajamento on-line que usa como base uma moeda digital (utility token) para divulgação de campanhas das empresas – anunciantes. Ela utiliza a estratégia de member-get-member, transformando usuários comuns em microinfluenciadores nas redes sociais, WhatsApp e Telegram para aquisição de novos consumidores, com uma proposta de redução de CAC e CPC em relação às mídias digitais existentes. A proposta é atuar como uberização da mídia com a segurança do blockchain. A Wiboo, além da plataforma, é criadora do WiBX, primeiro utility token do país negociado na Exchange Mercado Bitcoin. Para mais informações, acesse: https://www.wiboo.com.br

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